Com um movimento de três mil toneladas de pescado por ano, o Terminal Pesqueiro Público (TPP) de Santos, operado pelo Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), terá os seus programas de autocontrole e manipulação de pescado apresentados no Congresso Mundial de Pescado, promovido pela Associação Internacional de Inspetores de Pescado (“International Association of Fish Inspectors – IAFI”) e pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (Food and Agriculture Organization of United Nations – FAO), entre 23 de setembro e três de outubro, em Saint John’s, no Canadá.

A iniciativa se deve à nutricionista Laís Mariano Zanin, aluna de mestrado da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e integrante do Grupo de Estudos em Qualidade dos Alimentos (GEQUAL), sob a orientação das professoras doutoras Elke Stedefeldt e Vanessa Dias Capriles.

Há um ano e meio Laís Zanin participa de uma equipe que desenvolve atividades voltadas para a qualidade higiênico-sanitária do pescado e dos manipuladores de pescado no TPP de Santos. A nutricionista aproveitou a oportunidade para enviar o resultado de dois trabalhos sobre as atividades desenvolvidas no TPP de Santos aos organizadores do congresso, que selecionaram para apresentação.

Serviços de excelência

Para o coordenador geral de Logística do MPA, Fernando Lauande, a receptividade dos trabalhos sobre manipulação de pescado no TPP de Santos revela a excelência dos procedimentos adotados e o forte comprometimento dos trabalhadores com as atividades.

“As práticas melhoram a sanidade do pescado, reduzem perdas e desperdícios e colaboram para a maior aceitação dos produtos pelo consumidor final”, diz Lauande.

Segundo ele, o trabalho, tecnicamente, se concentra em pontos críticos de controle, como higiene do trabalhador e temperatura na recepção, seleção e distribuição do pescado.

O terminal

Localizado ao lado do porto de Santos, o maior da América Latina, o TPP é utilizado principalmente por frotas sardineiras, mas também movimenta embarcações de pescados como polvos e camarões. Além disso, o terminal é o único a fornecer gelo – aproximadamente 120 toneladas diárias – para as frotas artesanais e industriais da região.

A universidade

De acordo com a professora Elke Stedefeldt, a UNIFESP Campus Baixada Santista busca promover uma parceria com o Terminal Pesqueiro Público de Santos (TPPS) por entender a necessidade de sua participação nas questões relacionadas ao controle de qualidade do pescado e a formação do trabalhador da cadeia produtiva do pescado. Esta parceria, esclarece, tem o intuito de aperfeiçoar as práticas de manipulação do pescado e do trabalho desenvolvido, o que contribui para a qualidade deste alimento na Baixada Santista, bem como em outros centros de comercialização.

Fonte: mpa.gov.br