O SR. MARCELO CRIVELLA (Bloco/PRB – RJ. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Senador Valter Pereira, é apenas para dizer que hoje nós tivemos uma reunião na Biblioteca do Senado e lá estiveram presentes sete Senadores: Francisco Dornelles, Gerson Camata, Renato Casagrande, Magno Malta, Marcelo Crivella, Paulo Duque, Eduardo Suplicy.
Eu gostaria de comunicar ao plenário da Casa – serei muito breve, Senador Valter Pereira – que nós estamos dentro deste espírito que conduz esta Casa, o espírito da tolerância, da compreensão, da experiência. E eu fiquei muito feliz com a fala do Senador Arthur Virgílio, em que mostrou a sensibilidade que deve guiar nós todos. Foi esse assunto que tratamos hoje na reunião.
Foram quatro pontos. Primeiro, faríamos um apelo ao Governo para tirar a urgência desses projetos do pré-sal para podermos discutir com calma.
O segundo ponto, Sr. Presidente, é que os contratos já licitados, aquilo que se chama de ato jurídico perfeito, aquilo que já faz parte do orçamento dos Municípios do Espírito Santo, de São Paulo, do Rio e do Estado, isso não se deve discutir, Sr. Presidente, porque faz falta na educação, na saúde e vai quebrar o Estado, vai quebrar os Municípios. A nossa Casa do Congresso não é para isso.
O terceiro ponto é que, sobre as reservas do pré-sal, os pessimistas falam em 30 bilhões de barris, os otimistas falam em 200 bilhões de barris, e o Governo trabalha com 50 bilhões de barris. Isso é muita riqueza! Creio que o Rio de Janeiro, o Espírito Santo e São Paulo têm noção de que é preciso dividir isso com todos os brasileiros, de maneira que ninguém se prejudique. A riqueza não pode servir para nos separar, mas, sim, para nos unir.
Gostaríamos que os Estados produtores, pelo dano ambiental… Não só pelo fato de o petróleo estar a 300 quilômetros da costa e a sete quilômetros de profundidade, mas pela urbanização, pelo tráfego de caminhões, pelo excesso de lixo e por uma série de outras coisas, os Estados e Municípios produtores deveriam ser compensados.
Por último, Sr. Presidente, gostaríamos de estabelecer, nesta Casa, um diálogo. Nós, os sete Senadores, vamos procurar todas as lideranças, porque confiamos no espírito de ponderação, de moderação, de equilíbrio, de bom senso daqueles que já foram Senadores, já foram líderes de governo, já foram Ministros, já foram Deputados Federais. Tenho certeza de que eles serão sensíveis a essas reivindicações, que são justas e legítimas, do povo do Rio de Janeiro, do Espírito Santo e de São Paulo.
Sr. Presidente, muito obrigado.
Senador Valter, muito agradecido.