O SR. MARCELO CRIVELLA (Bloco/PL – RJ. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, muito obrigado pela generosidade nestes segundos que nos restam para apagarmos as luzes deste plenário, este nosso campo de batalha.
Eu gostaria de lembrar à Senadora Lúcia Vânia, que é preocupadíssima com as causas sociais do País, que não caíram os recursos do Programa Fome Zero. Pelo contrário, eles até aumentaram um pouquinho, só que agora estão na rubrica do Ministério da Saúde. Os programas de divisão de renda estão agora a cargo daquele Ministério.
Amanhã o Superior Tribunal de Justiça vai decidir o futuro de Fernandinho Beira-Mar. A Governadora do meu Estado, o Ministro da Justiça e o Ministro da Casa Civil criticaram, mas, alguns dias atrás, o Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que ele fosse mandado de volta para o Estado do Rio.
É impressionante como às vezes a lei é insensível, e os julgadores não conseguem entender as circunstâncias de um momento. Julgam a palavra fria, a letra. Não é à toa que a Bíblia diz que “a letra mata, o espírito vivifica”. A letra dá a luz à religião; o espírito, à comunhão com Deus. É isso que precisamos entender neste País.
Espero que o nosso Superior Tribunal de Justiça decida pelo bom senso. Não é possível que Fernandinho Beira-Mar volte para o Rio de Janeiro, onde, em setembro do ano passado, causou tanta conturbação. Essa é uma decisão que qualquer pessoa que não tenha formação da Magistratura tomaria.
E faço aqui, Sr. Presidente, um apelo veemente: que amanhã o bom senso tenha espaço e seja realmente o prolator dessa sentença, a fim de que Fernandinho Beira-Mar fique em São Paulo ou em qualquer outro Estado, mas longe da base. Fiz questão de ocupar este plenário para deixar registrado o meu pedido, que é do meu Estado, e evitar que esse criminoso volte para Bangu 1.
Muito obrigado, Sr. Presidente, por sua generosidade, e uma boa-noite!