Em reunião organizada pelo senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), no Salão Nobre do prédio da Associação Comercial, no Centro do Rio, convocada para discutir os rumos dos transportes e do trânsito no estado, o Secretário Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana, Luiz Carlos Bueno, anunciou que espera para o mês de junho a assinatura da portaria que vai viabilizar o projeto da Linha 3 do metrô, um sonho dos fluminenses.
A única pendência, segundo Bueno, são pequenos empecilhos junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), o que deverá ser sanado até sexta-feira. A Linha 3 vai ligar, numa primeira etapa, Niterói a São Gonçalo, partindo das Barcas, em Niterói, até Guaxindiba, em São Gonçalo, onde será construído o pátio de manobras. A primeira estação deverá ficar na Praça de Zé Garoto. Em uma segunda etapa, a Linha 3 vai chegar a Itaboraí.
Aécio Nery, presidente da Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano e saneamento Ambiental (Edursan), falou sobre a contrapartida da prefeitura:
– Atendendo a um pedido do governador Sérgio Cabral, São Gonçalo abriu mão de R$ 150 milhões no PAC da Mobilidade para criar a contrapartida do município para a construção da Linha 3. E o mais importante é que não vamos ter nenhuma desapropriação. Além disso, teremos outros ganhos, como uma ciclovia de 30 quilômetros – afirmou Nery.
Crivella festejou a construção da Linha 3:
– Estamos muito felizes. Essa é a maior vitória da bancada do Rio este ano.
A necessidade de uma hidrovia no Rio do Ouro, que vai de Niterói até Itaboraí, às margens do Complexo Petroquímico do rio de Janeiro (Comperj), também foi levantada na reunião. Endossada por Crivella, ganhou a simpatia de Bueno.
Outro tema relevante foi levantado por Bueno no encontro desta segunda-feira: a construção do primeiro Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) no estado do Rio, em Macaé:
– Graças ao empenho do senador Crivella, que tanto tem se preocupado com a infra-estrutura urbana, e ao trabalho do secretário Jorjão, o VLT de Macaé está para sair. Até o mês de junho a portaria deve ser publicada – afirmou Bueno.
O projeto do VLT de Macaé tem um custo total de R$ 72 milhões, sendo que a contrapartida da prefeitura, já empenhada, ficou em R$ 25 milhões. O restante será investimento do governo federal, através do programa pró-Transporte, do Ministério das Cidades, com recursos do FGTS:
Em sua palestra aos Secretários de Transporte, Luiz Carlos Bueno reforçou a necessidade de os gestores públicos repensarem a infra-estrutura de mobilidade urbana, já que 80% da população brasileira vive nas cidades:
– Temos que nos preocupar com os elevados índices de poluição, com os congestionamentos e os acidentes de trânsito. Precisamos estimular cada vez mais a utilização de bicicletas como meio de transporte, integrando os modais. – disse Bueno.
Bueno falou ainda de outras questões importantes em termos de mobilidade urbana, como a expansão das redes de moto-táxis que, segundo ele, “já fazem parte da realidade brasileira, como em Fortaleza, onde são fundamentais para a locomoção das pessoas. Mas é preciso pensar em regras de segurança para sua utilização”
Outro ponto destacado por ele é a necessidade de intervenções urbanas próximo ao Porto do Açu, em São João da Barra. Ele colocou o ministério à disposição para receber os pleitos necessários.
Compareceram à reunião, Secretários Municipais de Transportes e os prefeitos Carlindo Filho, de São Pedro da Aldeia, e Maria das Graças Matos, de Bom Jesus de Itabapoana, e Gilson Nunes Siqueira, de Cardoso Moreira, além, do deputado federal Chico D´angelo, e da deputada estadual Rosangela Gomes.