Rio – Com 8.500 km de costa e 13% da água doce superficial do planeta, o Brasil ainda deve ao mundo uma produção de pescado que esteja à altura dos seus imensos recursos naturais. Somos um dos países com maior potencial pesqueiro. Temos tudo para ficar tão competitivos como já somos nos grãos e outros tipos de carne.
O presidente Lula empreendeu as primeiras tentativas efetivas de vulto para que o País encontrasse o seu destino. A modernização da frota pesqueira, a expansão do seguro-defeso, as leis da Pesca e das Colônias, a demarcação dos parques aquícolas nos reservatórios das hidrelétricas, a expansão da infraestrutura e, principalmente, a criação deste ministério foram medidas fundamentais para que o Brasil se tornasse próspero.
Estamos empenhados em aprimorar nossos conhecimentos científicos e desenvolver nossas técnicas mais modernas. Com isso, vamos gerar riqueza e milhares de empregos na cadeia produtiva.
A aquicultura é um excelente negócio, como atesta o BNDES, e pode se tornar atividade promissora em todas as regiões do País. A lucratividade de um hectare de lâmina d’água com criação de pescado supera geometricamente a obtida em uma mesma área com gado. O setor cresce cerca de 10% ao ano e caminha para 20%, com a entrada em operação dos parques e áreas aquícolas que serão implantados pelo ministério em reservatórios de hidrelétrica e no litoral.
Na Rio+20, defenderei a aquicultura como uma ótima solução para o Brasil produzir, de forma intensiva e com sustentabilidade ambiental, um alimento saudável e recomendado pela Organização Mundial da Saúde. Nosso país tem esse dever para com seu povo e a humanidade de ser um dos três maiores produtores de pescado do mundo. Essa é a nossa missão. Que Deus nos ajude a cumpri-la.
Marcelo Crivella é ministro da Pesca e Aquicultura
Fonte: Jornal O Dia