RIO – Com o argumento de que o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) ficará sem palanque no Rio de Janeiro para a campanha à reeleição, a direção nacional do PDT faz pressão pela candidatura do deputado estadual Wagner Montes ao governo do estado.

Nesta segunda-feira, pela primeira vez, o apresentador da TV Record assumiu sua intenção de concorrer às eleições de outubro. As forças do PDT agora estão concentradas em convencer o superintendente-geral da emissora, bispo Honorilton Gonçalves, a liberar o parlamentar.

– A chapa de Cabral para o Senado está completa: tem o presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Jorge Picciani, e um candidato do PT. O Crivella não tem uma dobradinha no Rio. O PDT poderia lançar ao Senado um nome do partido e um de outra sigla, no caso, Crivella – explica o presidente estadual do PDT em exercício, José Bonifácio.

Segundo Bonifácio, a discussão gira em torno do contrato do deputado com a Record, onde ele tem um programa de três horas. O PDT se reúne na quarta-feira para decidir o rumo do partido. O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, presidente licenciado, estará presente.

– Tem a questão de multas do contrato que eles estão negociando – disse Bonifácio.

Não quero é dever favor a empresário, diz pedetista Wagner Montes negou pressão ao bispo e ressaltou:

– Uma campanha ao governo custa de R$ 30 milhões a R$ 50 milhões. Se o partido bancar, sou candidato. Não quero é dever favor a empresário. A eleição está polarizada (Cabral e Garotinho). Esse é o momento. O PDT tem a oportunidade de ter candidato próprio – disse ele, referindo-se à coligação PSDB/DEM/PPS/PV, que está sem um nome de oposição ao atual governo para a disputa fluminense.

Publicada em 12/01/2010 às 00h16m
Cássio Bruno
Fonte: Site O Globo