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Chegou a hora de o Brasil pensar no Rio

Artigo do Prefeito Marcelo Crivella, publicado neste domingo (17), no jornal O Globo

POR MARCELO CRIVELLA

O Rio foi a capital do Brasil, hoje é a capital da violência. O Rio precisa de paz, e a paz é fruto da justiça. O Rio clama por justiça. Justiça fiscal na distribuição da renda nacional.

Seria possível imaginar despoluir nossos rios e lagoas; reformar, modernizar e superequipar todos os hospitais, maternidades e postos de saúde; universalizar o horário integral nas escolas com internet em banda larga; recapear ruas e avenidas e, nas principais, garantir pavimento rígido, ou seja, buraco nunca mais; sumir com as enchentes de verão; urbanizar as favelas, garantir água, coleta e tratamento de esgoto e tratamento em toda a cidade; implantar nas comunidades escola técnica, de música, de teatro, esportes em novas vilas olímpicas; empreender um projeto de reflorestamento sem precedentes; fazer um cerco eletrônico nas vias de acesso à cidade e deter drasticamente a entrada de armas, munição e drogas; atrair indústrias com atuação na área de robótica, internet das coisas, dados nas nuvens, colocando a cidade na estrada ensolarada da ordem e do progresso; e fazer isso tudo em apenas um ano sem precisar de capital, mão de obra e empresas que não sejam as nossas próprias?

Eu digo que sim.

Bastaria que, pelo menos por um ano, a União não recolhesse os mais de R$ 120 bilhões dos cariocas em Imposto de Renda, PIS/Cofins, IPI e demais impostos, e que eles fossem todos investidos aqui em infraestrutura, educação, saúde e políticas sociais.

A cidade contribui anualmente com R$ 120 bilhões para a União e recebe de volta pouco mais de R$ 4 bilhões. Considerando o Estado do Rio, são R$ 130 bilhões, e retornam só R$ 20 bilhões. Sei que os tecnocratas de Brasília vão alegar o Pacto Federativo, mas por que Minas envia R$ 42 bilhões e recebe de volta R$ 31 bilhões?

Podem também alegar as despesas da União com a rede de hospitais federais, mas hoje ela está pior que a rede do estado, ente que definha sob o mesmo calabouço fiscal. Mesmo o pagamento dos aposentados pela União no Rio não pode ser considerado, porque eles contribuíram a vida inteira, não é favor.

O Rio não suporta mais ver o desperdício de sucessivas gerações perdidas no cativeiro fiscal. Trabalhadores lançados ao báratro degradante de uma existência incompatível com a dignidade da pessoa humana, e não pouco dos seus filhos revoltados caírem nas armadilhas da insânia da criminalidade. O Brasil canta Pátria Mãe Querida, mas me diz que mãe é ela, se aqui no Rio seus filhos nascem, vivem e morrem na favela?

O Rio precisa irradiar desenvolvimento para a região metropolitana, e não oferecer suas ruas para a mendicância.

Nossa cidade foi a capital que mais perdeu empregos formais. De janeiro de 2015 a outubro de 2017, foram eliminados 303.854 vagas com carteira assinada. Não se pode aceitar isso como um imperativo do destino.

O calote da Lei Kandir, o ICMS do petróleo no refino e o surrupio dos royalties do estado no leilão das últimas bacias confirmam a continuidade dessa orgia histérica da cleptocracia fiscal que nos assola.

O Rio sempre pensou no Brasil. Chegou a hora de o Brasil pensar no Rio, que não pede favor, mas clama por justiça. O Senado, onde por 14 anos como João Batista no deserto clamei por um novo Pacto Federativo, precisa corrigir esse equívoco histórico que condena o Rio a uma violência anômica.

Marcelo Crivella é prefeito do Rio

Artigo original no O Globo

https://oglobo.globo.com/opiniao/paz-fruto-da-justica-22199092

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