O senador Marcelo Crivella participou, nesta sexta-feira (30), do lançamento do projeto ‘Rio Interior, O Futuro em Nossas Mãos’, realizado em Petrópolis. O evento contou com a participação dos pré-candidatos ao governo do estado, autoridades políticas, representantes de instituições de classe, empresários e líderes comunitários. Potencializar as oportunidades de desenvolvimento econômico regional tornou-se o foco do debate.
 
O Projeto contou com uma palestra do economista Mauro Osório, que abordou as vocações do interior do estado e apresentou formas de pensar o Rio de Janeiro de forma integrada.
 
Durante a série de entrevistas mediadas pelo jornalista Sidney Rezende, Crivella destacou as suas prioridades para o desenvolvimento do interior do estado. “Na minha visão são quatro: saúde, educação, transporte e segurança. Hoje o nosso estado está em penúltimo lugar no IDSUS (Índice do Desempenho do Sistema Único de Saúde). Temos 12 mil pessoas esperando para fazer cirurgia, às vezes de baixa complexidade. Nós também temos problema na área da educação. No Ideb (Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico), nós não temos nenhuma escola entre as 500 primeiras. Trajano de Moraes, a melhor colocada, está na 503º posição. Como nós vamos falar de desenvolvimento do nosso interior e da nossa terra se nós ainda não descobrimos que precisamos investir basicamente no nosso povo que é a nossa maior riqueza?, indagou o senador.
 
Ao ser questionado sobre a economia na região noroeste, que apresenta a segunda menor renda domiciliar per capita do estado, perdendo apenas para a Baixada Fluminense, e o  percentual de pobres superior à média do estado do Rio, Crivella enfatizou que investiria no consórcio da agricultura com a aquicultura. “A nossa região noroeste tem muita água, e água com qualidade, com oxigênio. E se a gente escavar tanques – e por isso o governo federal distribuiu muitas máquinas lá – e colocar nesses tanques bons peixes, os excrementos metabólicos desses peixes vai fertilizar a cultura de tudo que nós estamos produzindo e vamos evitar a maciça importação de peixe do nosso estado do Rio de Janeiro. Há três anos o Rio consumia 9kg/hab/ano de peixe, hoje come 14 kg, sobretudo os mais jovens. Tudo isso vindo do Chile. Isso pode ser substituído pelas nossas carpas e tilápias. Ali tem uma vocação extraordinária para produzirmos pescado e abastecermos o mercado consumidor que hoje está pagando caro. O Brasil ano passado importou USS I bilhão e meio de peixe do exterior e os maiores consumidores e importadores foram São Paulo e Rio”, ressaltou.
 
Sobre a criação de um programa para o desenvolvimento do interior do estado, Crivella destacou a Zona Franca Social. “Eu acho que o Governo do Estado do Rio de Janeiro  pela concentração de renda que fez na sua capital em toda a região metropolitana deve ao interior pelo capital humano que recebeu de lá para se construir usar o seu poder estratégico de compra e de renúncia fiscal para encomendar tudo que for possível na região do interior fluminense e assim fazer ela se desenvolver”, afirmou.