O Cimento Social, que começou em 2007, como um sonho de um obstinado senador fluminense no Morro da Providência, está ganhando vida própria, e motivando a parceria de Marcelo Crivella (PRB-RJ) com o prefeito Eduardo Paes que criou a Coordenadoria do Cimento Social na Secretaria de Obras da Prefeitura do Rio. Neste sábado, Crivella e Paes lançaram, juntos, obras de melhorias habitacionais nos Morros da Mangueira e do Andaraí. Em cada uma dessas comunidades, serão reformadas 250 casas na etapa inicial da obra que vai se estender a diversas outras comunidades da cidade.

– São pequenas intervenções, como pintura, colocação de telhados e pisos, revisão elétrica e hidráulica, coisas simples e baratas que vão fazer uma grande diferença no dia a dia da vida das pessoas. O Rio é a capital nacional do petróleo, não podemos aceitar ver nosso povo morando em barracos de maneira tão precária e algumas favelas têm mais de 100 anos. – afirmou Crivella, que completou:

– Estou muito feliz, sei que essa obra não é um erro, não é desperdício de dinheiro público. Quero um dia morar num país em que as pessoas possam olhar para o morro e continuar com a cabeça erguida, porque hoje a gente olha pro morro e abaixa cabeça de tristeza.

Parceiro do projeto, Paes não poupou elogios à iniciativa de Crivella:

– O Cimento social é diferente de todos os programas habitacionais que existem no Brasil. Pela primeira vez, está se desenvolvendo uma ação de política pública dentro da casa das pessoas. Esse programa é uma inspiração do Crivella e assumi esse compromisso com ele quando ele me apoiou no segundo turno, em 2008. – disse Paes.

Uma das principais intervenções do Cimento Social é colocar telhado nas lajes, para evitar a queda de crianças que soltam pipas e de donas de casa que estendem roupa, e, principalmente, o perigo de que pequenas poças sirvam de foco para a proliferação do mosquito transmissor da dengue.

Na Mangueira, as obras começam semana que vem, mas no Andaraí já estão a pleno vapor. Durante o evento deste sábado, Hilton Rodrigues, de 66 anos, nascido e criado no morro, era só alegria ao constatar que funcionários da Prefeitura já iniciaram as intervenções na casa número 57, da Rua Santo Estêvão, em que mora com a mãe, dona Floresdina, de 94 anos:

– Estou na maior felicidade do mundo. A casa vai ser pintada, vão colocar telhado, vai dar gosto de morar aqui – afirmou aquele que será o primeiro beneficiado com a parceria entre Paes e Crivella, que já prepara a construção de 23 casas no Morro do Salgueiro.