Nesta sexta-feira (6), o ministro Marcelo Crivella, da Pesca e Aquicultura, participou, pela segunda vez nos seis meses que está à frente da pasta, do programa Bom Dia, Ministro, em cadeia de rádio e televisão para todo o País. A entrevista foi motivada pela campanha Semana do Peixe, que está sendo promovida pelo Ministério até o próximo dia 17 de setembro.

Âncoras de rádio fizeram ao vivo perguntas ao ministro. Carteira de pescador, terminais pesqueiros e mercados de peixe, consumo de pescado, políticas para a pesca industrial, aquicultura, pesca da tainha, meio ambiente e combate à pesca ilegal foram alguns dos temas abordados.

Nova Carteira do Pescador

Para Crivella, a nova carteira do pescador, assegurada pelo Ministério, com chip, “vai ter validade pela vida inteira” e permite o acesso aos benefícios do Governo Federal. A antiga carteira era renovada a cada dois anos, o que causava transtornos aos pescadores, muitas vezes morando em locais remotos. Para as novas carteiras, o Ministério fez convênio com as colônias de pescadores visando a mais fácil recepção de documentos.

Semana do Peixe

O ministro lembrou que peixe faz bem para a saúde, é recomendado pela OMS, e se apresenta como a proteína animal de maior consumo no mundo. Ele acredita que com o aproveitamento do potencial brasileiro para a aquicultura, o peixe poderá ser produzido em maior escala e oferecido à população a preços tão competitivos quanto os do frango, em torno dos R$ 4,50 o quilo. Ele ressaltou também que na Semana do Peixe o pescado fica mais barato e o consumo aumenta.

Crivella defendeu a formalização da cadeia produtiva do pescado, desde a captura até as prateleiras dos supermercados. E disse que o Ministério estimula a implantação de novos terminais pesqueiros, como ocorre em Belém (PA), e de Mercados de Peixe, que oferecem produtos a preços mais baixos à população, pela ausência de intermediários, e estimulam o hábito do consumo.

Potencialidades do Brasil

Na entrevista ao Bom Dia, Ministro, Marcelo Crivella destacou as enormes potencialidades do País para o cultivo de pescado. O Brasil conta com os maiores recursos de água doce do mundo e um extenso litoral. “Existem mais de 250 barragens de hidrelétrica que podem ser aproveitadas para a aquicultura. Apenas a represa de Três Marias, em Minas Gerais, é 13 vezes maior do que a Baia da Guanabara”, exemplificou. Assim, o País, hoje produzindo apenas 500 mil toneladas em cativeiro, pode chegar a produzir 20 milhões de toneladas, para atender ao mercado interno e à crescente demanda de outros países.

Técnicos do BNDES, de acordo com o ministro, consideraram, após estudos, o cultivo de pescado o “segundo pré-sal do Brasil e até com mais perspectivas, porque pode ser aproveitado de forma sustentável pelas próximas gerações”. O ministro lembrou que a Noruega, que visitou recentemente, é exemplo de atividade pesqueira sustentável.

Em outro momento, o ministro disse que a produção de pescado na Amazônia poderá ser tão importante para a economia como é hoje a mineração e a produção de energia.

Bom Dia, Ministro

O Bom Dia Ministro é coordenado e produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços.