Dilma Rousseff e José Serra, os candidatos que disputam o segundo turno da eleição à Presidência da República, estão buscando atrair os votos dos evangélicos, fundamentais na reta final de uma campanha que se anuncia muito acirrada, segundo as pesquisas de intenções de voto. Nesse quesito, a petista leva nítida vantagem sobre o tucano, por contar ao seu lado com o senador reeleito pelo Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), que se tornou o principal articulador político da ex-ministra, principalmente pela ótima relação que mantém com os líderes das principais denominações evangélicas do país.

Nesta quarta-feira, Crivella mostrou força política e reuniu parlamentares evangélicos em Brasília para articular o apoio à petista. Após o encontro, ficou decidido que Dilma divulgará uma “carta aos brasileiros” com o compromisso de não apoiar a descriminalização do aborto e o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Como presidente, ela não enviará qualquer projeto sobre esses assuntos ao Congresso e vetará qualquer proposta que chegue às suas mãos com esse intuito.

– Precisamos dar um basta nessa onda de boatos que assolam a candidatura da ministra Dilma desde o primeiro turno. Isso não faz o mínimo sentido. Ela já se posicionou com firmeza sobre temas caros aos evangélicos como aborto e casamento de pessoas do mesmo sexo. Estamos esclarecendo essas questões com as lideranças religiosas. Não tenho dúvidas de que os evangélicos estarão unidos em torno da Dilma – afirmou Crivella.