O SR. MARCELO CRIVELLA (Bloco/PRB – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, apenas um rápido comunicado.
Hoje, estive no Estaleiro Eisa, na Ilha do Governador, que tem 1.500 operários, e nos preocupamos muito, Sr. Presidente, com a indústria naval no Rio de Janeiro. O Rio de Janeiro já perdeu, desde a saída da capital, muitas empresas, muitos setores econômicos e não pode perder agora a sua indústria naval, que já vem desde a época de Mauá. Nós tivemos vários navios da Transpetro que foram para Pernambuco. Tivemos agora autorização da Antaq para importação de dois navios. Estamos exportando mão-de-obra. Continuamos com o Estaleiro Mauá moribundo, com o Estaleiro Caneco moribundo, não conseguimos ainda fazer negociação com a área que existe ali na Ilha do Governador para áreas da Valec. Enfim, Sr. Presidente, é uma preocupação nossa, no Rio de Janeiro, com a indústria naval.
Eu recebi lá, Sr. Presidente, a carta de um metalúrgico, que é o Sr. Valdemir Vilarim de Oliveira, que vim lendo no avião. Ele coloca dois fatos muito interessantes. Ele pede as nossas providências junto ao Ministério da Justiça e também ao Instituto de Pesos e Medidas para aquilo que ele chama de “uma farra” que os fabricantes estão fazendo nas embalagens dos seus produtos, diminuindo peso e quantidade e mantendo o preço. Ele também pede aqui para que tomemos uma providência, porque, nos supermercados – isso é uma prática comum, que eu já constatei –, todos os preços, do sabonete ao quilo da carne, tudo termina com 99. É R$6,99, R$3,99, R$2,99, R$7,99… Não tem mais preço redondo. As pessoas vão e compram trinta ou quarenta produtos, todos com esses números “quebrados”, que acabam dando prejuízo ao consumidor, porque não há troco, não há um centavo de troco. Então, ele pede aqui nossas providências.
É um senhor muito lúcido, que participa da vida pública, o Sr. Valdenir Vilarim de Oliveira. Deixo consignado.
Na quarta-feira, Sr. Presidente, farei, então, um pronunciamento sobre a condição da indústria naval no Rio de Janeiro, que foi revitalizada. Mas precisamos estar vigilantes, porque é um setor que emprega grande massa de trabalhadores, trabalhadores qualificados.
Precisamos olhar o horizonte e não podemos permitir que os benefícios alcançados na administração do Governador Garotinho e pelo Presidente Lula, agora, recentemente, com o Governador Cabral, sejam esvaziados no futuro. É algo em que precisamos prestar atenção aqui.
Muito obrigado, Sr. Presidente.