“Sempre lutei e vou continuar lutando pelas justas e legítimas aspirações dos professores de Educação Físical”, disse o senador Marcelo Crivella na tarde desta quinta-feira (29), durante o ato realizado por estes profissionais no Centro do Rio de Janeiro pela aprovação do PLC 116/2013.

Crivella lembrou da luta já enfrentada pela categoria. “Nós já estivemos juntos e ganhamos quando evitamos que ex-atletas de qualquer modalidade substituíssem o conhecimento científico de vocês ao dar aulas. O Congresso Nacional reconheceu que vocês são doutores, professores e cabe a vocês organizar, liderar, lecionar, enfim, dirigir a Educação Física do País. Agora nós estamos com uma outra questão a ser resolvida e vamos lutar juntos”, afirmou.

O senador também destacou a importância da profissão no estado. “O carioca tem tanta ligação com a natureza e a atividade física que, embora São Paulo seja muito mais rico que nós, fabrica muito mais automóvel, produz mais aço, exporta mais, na questão da Educação física, por incrível que pareça, só existem 39 mil professores em emprego formal e informal. No Rio de Janeiro, existem os mesmos 39 mil empregos para educação física. Olha como é importante a educação física para a alma, para o espírito para a natureza do povo fluminense, do povo carioca”, ressaltou.

O PLC no Congresso

Sobre o debate do PLC no Plenário do Congresso Nacional, Crivella abordou a prioridade do investimento na educação. “O que nós vamos colocar na tribuna do Congresso Nacional, do Senado Federal onde isso vai ser votado agora? Será que se justifica uma civilização brasileira gastar bilhões para descobrir petróleo no fundo do mar e considerar que este petróleo e esse gás valem mais do que uma criança de comunidade carente que tem por exemplo um talento inato para ser um atleta ou um jogador de basquete ou talvez um professor de judô ou um medalha de ouro em salto e altura, mas que amanhã, por não ter tido um professor de Educação Física que tivesse olhos para ver o seu talento na sua idade de formação, frustrado, vai acabar muitas vezes caindo na armadilha do tráfico, da violência, extravasando seu talento na intolerância do crime e do ódio em coisas que não deviam? Ora, a maior riqueza do Brasil e do estado fluminense não são o petróleo e o gás que a gente gasta bilhões é o povo fluminense! Somos nós, nós somos a maior riqueza do nosso estado!”, bradou.

E aclamado pelos profissionais de Educação Física finalizou, “o que nos falta hoje é oportunidade, o que nos falta é que a política tenha olhos para ver tudo isso e crie essas oportunidades e crie essas políticas públicas e invista no nosso povo. A nossa juventude está perdida porque desgraçadamente quando eles eram crianças, pela ausência dos pais, faltou o Estado dar a eles professores de Educação Física, boas creches e boa alimentação para que esses meninos e meninas hoje estivessem encantando a nós e ao mundo nos estádio e nas práticas dos esportes, e com certeza o Brasil seria bem melhor”.