Presos em regime fechado ou semiaberto e que, voluntariamente, doarem sangue poderão ter a pena reduzida. Projeto de autoria do senador Marcelo Crivella prevê que a cada doação sejam abatidos quatro dias da pena. Os homens poderão doar até quatro vezes por ano e as mulheres três, como recomendam os médicos.
Os estoques de sangue nos hemocentros e bancos de coleta encontram-se em situação crítica. Cirurgias e tratamentos urgentes são suspensos diariamente por falta de sangue. Com isso muitas vidas se perdem e outras tantas são comprometidas.
“As estatísticas de mortalidade ocasionada pela carência de sangue nos hospitais e nos bancos de coleta são assustadoras. Só com acidentes não letais com armas de fogo e no trânsito cerca de cento e setenta mil vítimas chegam anualmente aos postos de atendimento, o que exige um aumento do número de doações. Estudos mostram que para cada doação recebida, em média quatro vidas são salvas”, ressaltou Crivella.
Relatório do Ministério da Justiça mostra que o Brasil tem hoje a quarta maior população carcerária do mundo, aproximadamente 574 mil pessoas, atrás apenas dos EUA, China e Russia. O projeto prevê que os estabelecimentos penais conscientizem os presos da importância da doação e informem sobre a redução da pena, por meio de cartazes colocados em áreas de uso comum como refeitórios, pátios, entre outras.