O SR. MARCELO CRIVELLA (Bloco/PL – RJ. Como Líder. Com revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, faço um apelo para que possamos interromper o debate de oposição ao Governo para juntos prestarmos uma homenagem ao Rio de Janeiro. Hoje o Rio completa 440 anos de existência, desde o tempo em que os franceses invadiram a minha cidade e os índios ajudaram a fundar essa que viria ser, mais tarde, a capital do País e que, seguramente, está no coração de todos os brasileiros, no coração de todos os Senadores.
Sr. Presidente, não quero me ater aos aspectos históricos da cidade do Rio de Janeiro, mas quero homenagear esse povo sofrido, essa gente valente que tem vencido os percalços da vida, seja nos bairros nobres, seja nas comunidades carentes, sempre acreditando, sempre criando a melhor música, a melhor poesia, enchendo as praias, os jardins, mostrando solidariedade e amor ao próximo. O Rio de Janeiro é muito especial!
Sr. Presidente, gostaria de representar em um poema tudo o que nós, Senadores pelo Rio – eu próprio, Sérgio Cabral, Roberto Saturnino –, e tantos outros Senadores de vários Estados do Brasil também ligados pela alma ao Rio de Janeiro sentimos. Creio que ele representa bem o que cada um de nós sente por esta cidade tão linda e tão bonita.
Sérgio Cabral, nesse nosso Rio tão lindo, o Sol nasce sorrindo e se põe a chorar. É porque quem nasce ali, quando tem que partir, vai só porque a alma insiste em ficar. Nesse lugar foi que Deus com certeza tirou o diploma de Mestre em beleza: a praia, o mar, o verde da mata, as águas caindo no véu da cascata. O Rio é eterna primavera, é a poesia mais sincera, é o mar beijando a terra. Rio de Janeiro! Deus abençoe o nosso Rio de Janeiro, Deus tome conta da gente!
Sonhei que o Rio estava em paz. Amanheceu e o Rio estava em paz, e o sol dessa manhã resplandeceu demais. Eu vi crianças a brincar, correndo atrás da bola nos campos da escola. Eu vi os meus irmãos seguindo para o batente com o rosto mais feliz, o coração contente; nem tiro de fuzil nem de metralhadora. Mas a voz que eu ouvi no morro era a voz maior, a voz da professora. Eu vi um boêmio cantando pela madrugada, caminhando, sorrindo na noite mais enluarada. A vitória do bem sobre o mal, o amor triunfando afinal. E sem crianças de rua o nosso Rio ficou tão legal!
Sonhei, Serginho, que era o dia do Rio de Janeiro. E só depende de nós fazer com que esse sonho se torne verdadeiro.
Que Deus abençoe o Rio de Janeiro.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) – Agradeço a V. Exª, Senador Marcelo Crivella.
O Sr. Sérgio Cabral (PMDB – RJ) – Senador Marcelo Crivella, antes de encerrar o tempo de V. Exª – ainda faltam dois minutos –, com a tolerância do Sr. Presidente, quero também homenagear a nossa Cidade Maravilhosa, que completa hoje 440 anos. No dia 1º de março de 1565, Estácio de Sá fundava essa cidade extraordinária. Neste instante em que falo com V. Exª, pelas razões tecnológicas que o nosso Senado nos oferece, estou aqui ouvindo algumas músicas no site do Globo Online em homenagem à cidade do Rio de Janeiro. Aliás, recomendo que V. Exªs entrem no site, porque há fotos maravilhosas da nossa cidade, feitas por grandes fotógrafos. É uma cidade única, que tem uma beleza natural cantada em verso e prosa, com as suas montanhas, com o seu mar, com as suas lagoas. Uma cidade que foi capital da Colônia, capital do Império, capital da República. Uma cidade cosmopolita, que é o cartão postal do Brasil em todo o mundo, uma cidade musical e que tem um povo extraordinário. Os próprios colegas Senadores – o Senador Jefferson Péres é quem mais enfaticamente se declara um carioca, um apaixonado pelo Rio –, a todo o instante, sobretudo nos momentos em que o Rio precisa da solidariedade desta Casa, manifestam o seu amor pelo Rio. Muitos passaram por lá, muitos estudaram lá. Minha homenagem ao povo carioca, a quem nasceu e a quem adotou o Rio de Janeiro, essa cidade tão extraordinária, que aprendi em casa, com uma mãe museóloga e com um pai jornalista, a amar. Por isso, Sr. Presidente Tião Viana, depois que assumi o mandato de Senador e que, com freqüência, sou obrigado a deixar minha cidade, mais do que nunca, dou razão a Tom Jobim: “Minha alma canta/ Vejo o Rio de Janeiro/ Estou morrendo de saudade”. Assim, quero manifestar meu amor pela cidade mais maravilhosa do Planeta, que é o nosso Rio de Janeiro.
O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) – Agradeço, Senador Sérgio Cabral.
Para encerrar o pronunciamento, tem a palavra o Senador Marcelo Crivella.
O SR. MARCELO CRIVELLA (Bloco/PL – RJ) – Sr. Presidente, para concluir, quero dizer que o Senado e esta tribuna prestam ao Rio de Janeiro e ao povo da nossa cidade as justas homenagens.
Muito obrigado.