O SR. MARCELO CRIVELLA (Bloco/PL – RJ. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o meu Partido, neste momento, solidariza-se, prestando uma homenagem a um vulto da diplomacia brasileira, um carioca que tão jovem parte. Refiro-me a Sérgio Vieira de Mello, que hoje, no seu escritório, às 9h30min, foi vítima de uma bomba, jogada por terroristas cruéis, que explodiu ceifando a vida desse grande brasileiro, pai e diplomata. Um homem que tinha uma formação extraordinária: estudou em Paris, fez pós-graduação na Sorbonne, mas o seu veio humanitário o levou a cumprir missões extraordinárias. Ele estava em Ruanda, na época do genocídio; esteve no Timor Leste; esteve em Kosovo; esteve no Líbano, quando da invasão por Israel; e hoje, cumprindo o dever, mais uma vez numa missão difícil, arriscada e perigosa, preso nos escombros, até o último momento, este brasileiro heróico, que orgulhosamente gostaria de citar, meu conterrâneo, nascido no Rio de Janeiro, deu sua vida por uma causa muito nobre.
Em nome do meu Partido, o Partido Liberal – e tenho certeza que em nome de todos os Senadores –, rendo as mais profundas homenagens e a gratidão a um líder e, como eu disse no início, a um vulto da diplomacia brasileira. Tenho certeza de que o Barão do Rio Branco recebe de braços abertos, no céu, onde está, este diplomata, que não morre, porque a morte não chega para pessoas assim. Sérgio Vieira de Mello fecha os olhos para enxergar melhor, para ver um mundo diferente, sem Timor Leste, sem Líbano, sem Kosovo, um mundo onde bombas não explodem e pessoas não morrem nos escombros.
Tenho certeza de que, com esta singela homenagem, o Senado brasileiro, nos seus Anais, registra o triste falecimento de um diplomata e também de um herói.
Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.