Em pronunciamento nesta segunda-feira (4/4), o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) fez um apelo ao governo federal pela recomposição dos recursos do Serviço Social das Estradas de Ferro (Sesef). O órgão, criado em 1961 para promover a saúde dos ferroviários, está prestes a ser liquidado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar por dificuldades financeiras.

De acordo com o senador, o Sesef tinha um fundo bem administrado, com títulos da dívida pública, que seria equivalente, hoje, a R$ 82 milhões. No entanto, de 2003 a 2008 o fundo teve um administrador, segundo Crivella indicado pelo governo, “que foi infeliz nas aplicações financeiras e dilapidou o patrimônio”, o que teria levado a ANS a determinar a liquidação do plano de saúde.

O senador informou que grande parte dos beneficiários é de idosos, o que torna a adesão a outros planos de saúde inviável. ­Crivella lembrou que há um decreto do governo que proíbe o uso de recursos públicos para a recomposição de fundos, mas frisou que os idosos não têm como pagar a recomposição e que exigir deles o pagamento seria como “fazer campanha de doação de sangue na UTI de um hospital”.

– Nós não podemos viver sob o rigor da lei. Cabe a nós, políticos, o clamor diante das exorbitâncias do poder, em nome do nosso povo – disse o senador.

Crivella disse que solicitava providências às autoridades “humildemente, mas, também, com veemência” e anunciou que proporá uma audiência pública no Senado sobre o assunto.

(Agência Senado)