O SR. MARCELO CRIVELLA (Bloco/PL – RJ. Como Líder. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Srª Presidente, Srªs e Srs. Senadores, meu Senador do Rio de Janeiro, Saturnino Braga, venho à tribuna hoje parabenizar não só o povo do Rio de Janeiro, mas o Estado do Rio de Janeiro. O povo daquela cidade, quando tem problema de saúde, se socorre na rede pública municipal.
O Exército, atendendo a um apelo do Ministro da Saúde, agora faz parte do mutirão que está contagiando a minha cidade de solidariedade e de ajuda ao próximo. São médicos, passaram o final de semana em centros cirúrgicos. E isso é muito bonito.
Normalmente, ocupamos a tribuna do Senado Federal para reclamar da segurança, das filas nos hospitais e com poucos pontos a enaltecer, em termos políticos, no Rio de Janeiro. Mas essa demonstração de união, que nasceu de médicos, enfermeiros e fornecedores, tem comovido a cidade do Rio e contagiado todo o Estado.
A FAB já havia cedido aviões para levar remédios para o Galeão. Agora, o quadro de saúde do Exército presta um apoio inestimável à rede de saúde do Rio de Janeiro.
É admirável esse caráter da política, acima dos partidos, que prioriza o interesse público, que consegue enxergar que os principais atributos do homem público não são a capacidade de fazer articulações em benefício próprio ou de premeditar jogadas que possam alavancar sua carreira, mas, sim, de expressar fraternidade, amor ao próximo, desinteresse, amor à causa pública.
Tudo isso foi retratado hoje, de maneira brilhante, pelo Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, Presidente da Federação das Indústrias do meu Estado, em um artigo em que começa citando o arquiteto Oscar Niemeyer pela célebre frase de que “a arquitetura não é o mais importante, e, sim, a vida”. Fazendo analogia a essa frase, Eduardo fala sobre a política ao dizer que política não é o mais importante, e, sim, a vida.
O prefeito do Rio de Janeiro, precisava ler esse artigo com cuidado, porque todas as suas decisões são políticas, e esse caráter das suas decisões levaram a essa crise na saúde. O interesse próprio não pode prevalecer sobre o interesse da coletividade.
Srª Presidente, pediria que esse artigo A Política e a Vida, escrito por Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, fosse transcrito nos Anais do Senado Federal, para que ficasse como um memorial, como uma voz bonita, um discurso que deve ser lembrado neste momento de crise, em que o homem público precisa mostrar espírito público e não só a capacidade de ganhar – Deus sabe como – pleitos eleitorais.
Muito obrigado, Srª Presidente.
DOCUMENTO A QUE SE REFERE O SR. SENADOR MARCELO CRIVELLA EM SEU PRONUNCIAMENTO.
(Inserido nos termos do art.210, inciso I e § 2º do Regimento Interno.)
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Matéria referida:
“A Política e a Vida”