O Boato
Segundo notícias divulgadas nas redes sociais, a Prefeitura do Rio estaria fazendo censo religioso em formulários para quem deseja participar de Academias da Terceira Idade. Segundo acusações do deputado Átila Nunes, o prefeito Marcello Crivella estaria usando mais uma vez a máquina pública para fazer censo religioso.
De acordo com a matéria do Globo, pessoas que tentaram se inscrever no projeto, que oferece acesso ginástica em aparelhos, alongamento e outras atividades de bem-estar, estranharam o fato de, além de responderem a informações básicas sobre seu estado de saúde, serem “obrigadas” a declarar sua cor e sua religião, pois a prática não seria comum no preenchimento de cadastro de nenhuma academia.
A Verdade
A Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos esclarece que o formulário de inscrição não foi criado na atual administração. O documento foi elaborado pela extinta Secretaria Municipal de Envelhecimento Ativo, Resiliência e Cuidado (SEMEARC) da gestão passada, usado nos Projetos QualiVida e ATI, transformados depois no Projeto Rio Ar Livre.
A Secretaria informa ainda que o formulário vem sendo usado para evitar desperdício de papel e dinheiro público, uma vez que já tinha sido confeccionado, mas sem a aplicação da pergunta sobre religião. Em breve, um novo modelo será produzido sem a questão.
O formulário é utilizado para a comprovação da existência de usuários, quantitativos e identificação, dados destinados aos órgãos de controle. Além disso, também serve como termo de responsabilidade para a prática de exercício físico e para identificação do perfil sócio-econômico dos usuários, sendo seu preenchimento obrigatório no momento do ingresso no Projeto.
As fichas recolhidas são contabilizadas e processadas para o desenvolvimento do relatório de prestação de contas e de resultados. A utilização de fichas cadastrais está prevista no Plano de Trabalho de Projeto e o preenchimento das mesmas é importante para a continuidade do Rio AR Livre.”
Não existe em absoluto a intenção de realizar mapeamento religioso tanto dos servidores da prefeitura, quanto dos usuários dos serviços municipais. A pergunta sobre religião “nunca foi um pré-requesito para o ingresso da pessoa no projeto.” Trata-se, portanto, de mais uma tentativa de deturpar as atividades da atual gestão.
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