Trabalhadores que exercem atividades remuneradas com motocicleta, tais como carteiros, motoboy, mototáxi e motofrete vão ter direito a adicional de periculosidade. Projeto do senador Marcelo Crivella considera a profissão perigosa e de risco, registrando altos índices de acidentes e mortes no trânsito.
“O Corpo de Bombeiros de São Paulo diz que a média diária é de 2 motociclistas mortos e 8 com lesões permanentes por acidentes no trânsito. Com 30% de periculosidade a mais no salário dá para comprar uma bota ou um casaco de couro, cuidar melhor da moto e instalar um equipamento que hoje se encontra no mercado que é um tipo de airbag próprio para motociclistas,” ressaltou Crivella.
Dados apontados no estudo “Mapa da Violência 2013” revelam um crescimento assustador no número de mortes de motociclistas. Em 1996 foram registradas 1.421 mortes contra 14.666 em 2011.
Segundo o estudo, se a atual situação perdurar em 2020 deverão morrer acima de 25,5 mil motociclistas. Se considerarmos todo o período 2011 -2020 serão 196,2 mil motociclistas mortos.
O projeto de Crivella já foi aprovado por unanimidade no Senado. Na Câmara sofreu pequenas alterações e, por isso, retornará ao Senado nos próximos dias para nova análise, sendo, em seguida, enviado à sanção pela presidenta Dilma.