O lago da Hidrelétrica de Luis Eduardo Magalhães (Lageado), em Tocantins, passou a contar hoje (29) com quase 250 áreas destinadas ao cultivo de pescados. Em solenidade no Palácio Araguaia, em Palmas, o ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella, fez a entrega dos títulos de cessão de uso da água aos vencedores da licitação promovida para organizar e incentivar a produção no reservatório. A expectativa é produzir 22 mil toneladas de pescado – quase o dobro do que é cultivado atualmente no Estado.
Crivella ainda entregou a pescadores a nova carteira de Pescador Profissional.
O ministro disse estar satisfeito com o ambiente criado para a transformação dos parques aquícolas de Lageado em realidade. Ele lembrou que o governador, José Wilson Siqueira Campos, percebeu a importância do projeto e envolveu toda a sua equipe para que o licenciamento ambiental e, depois, a licitação, fosse possível. “Hoje estamos aqui para acrescentar o peixe ao patrimônio do Tocantins”, comemorou Crivella.
O ministro explicou que a aposta do governo do Estado e do Ministério da Pesca e Aquicultura deve transformar Tocantins em um exportador de pescado para os grandes centros do País e do mundo. “Tocantins não esta pensando só na sua gente. Está contribuindo para a segurança alimentar de todo o mundo”, destacou.
Crivella também falou da impotância social do projeto, que surge como alternativa de renda para o pescador e voltou a criticar o uso político da carteira de pescador. Ele acredita que com o novo documento, que não precisa mais ser renovado, o uso político da carteira será inviabilizado. “Tiramos o anzol da boca do pescador. A carteirinha não é mais moeda de troca nas mãos de políticos interesseiros”, argumentou.
Isenção
O governador do Tocantins, Siqueira Campos, disse que continuará apoiando os produtores nos parques de Lageado. Ele garantiu ICMS zero para a venda de pescado no Estado e alíquota de apenas 3% para as vendas para outros estados. Bastante emocionado, o governador disse estar confiante quanto ao resultado econômico e social do projeto. Ele comparou o momento atual da produção de pescado à luta pela transformação do Norte de Goiás em Estado. “No passado nosso Estado era visto como o corredor da miséria. Éramos chamador até de indolentes, mas aos poucos estamos vencendo todas as dificuldades”, comentou.
Fonte: MPA