Vereadora Edilene, senador Crivella e prefeito José Eliezer em Laje de Muriae | foto: Cacau Brito

 

Por iniciativa da vereadora Edilene, do PRB, o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) foi recebido por prefeitos, vereadores e secretários municipais do noroeste fluminense nesta sexta-feira, dia 11, em Laje do Muriaé, para prestar contas de seu mandato no Senado Federal. Foi a primeira vez que um senador da República visitou esse simpático município de cerca de 8 mil habitantes. Além do prefeito de Laje do Muriaé, José Eliezer, estiveram presentes Ivany Samel, de Miracema, e Everardo Ferreira, de Varre-Sai. Após a palestra, Crivella fez um show com sua banda na festa de 47 anos de emancipação político-administrativa de Laje.

Ao discursar no aprazível e acolhedor sítio da vereadora Edilene, Crivella ressaltou o fato de há muito tempo não ver tantas e tão belas estrelas no céu, e, sob essa inspiração, fez um balanço de sua atuação no Senado. Ele citou as dezenas de municípios beneficiados com recursos de suas emendas, inclusive Laje do Muriaé, e destacou particularmente a aquisição de 20 máquinas para hemodiálise pela Prefeitura de Resende. Crivella lembrou que os moradores da cidade precisavam acordar às 4h da manhã para se deslocar diariamente a hospitais do Rio, de Volta Redonda e até de São Paulo para se submeter a tratamento. Agora, com os recursos conseguidos através de emenda parlamentar de sua autoria, a angústia terminou e eles passaram a ser atendidos na própria cidade.

Entre os seus cerca de 150 projetos apresentados no Senado, alguns já sancionados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros ainda tramitando na Câmara dos Deputados, já que um projeto para virar lei precisa passar pelas duas Casas do Congresso, Crivella reafirmou a esperança de ver definitivamente implantado projeto de sua autoria que dá poder de Polícia Federal às Forças Armadas nas fronteiras, com o Exército se responsabilizando pela patrulha terrestre, a Marinha, pela marítima, e Aeronáutica pelo espaço aéreo nacional.
Crivella lembrou que boa parte das armas e drogas que reforçam as tropas dos traficantes nos morros do Rio entram no país devido à fragilidade da proteção nas fronteiras, e se surpreendeu ao constatar que o tráfico já está arraigado em Laje do Muriaé, pacata cidade de cerca de 8 mil habitantes:

– Eu acho que Laje não tem tráfico

Ao sinal positivo de um dos presentes, exclamou:

– Tem? Já chegou aqui? Isso é uma tragédia!

Sobre os investimentos federais no Rio, Crivella lembrou que, em 2006, após perder a disputa para o governo do estado, apoiou o governador Sérgio Cabral contra a ex-deputada Denise Frossard, e levou Cabral a um encontro com Lula.

– Promovi a aliança do Lula com o Cabral, que sempre foi oposição radical ao governo. Essa aliança já rendeu R$ 250 bilhões em obras do PAC no Rio. Nunca um presidente investiu tanto no estado. Estamos construindo a maior refinaria petrolífera do país, em Itaboraí; está em execução a Companhia Siderúrgica do Atlântico, em Itaguaí; os submarinos recentemente adquiridos pelo governo brasileiro à França serão construídos em um estaleiro no Rio; há o PAC das Favelas; e o Arco Rodoviário, que vai integrar as rodovias que chegam ao Rio – enumerou Crivella, referindo-se às conquistas que o Rio está conseguindo com o seu apoio.

Em sua exposição, Crivella referiu-se também à sua atuação na CPI da Imigração Ilegal, que desbaratou diversas quadrilhas de ‘coiotes’, que transportavam brasileiros ilegalmente para os Estados Unidos. Em suas visitas a cidades americanas, esteve com brasileiros presos e viabilizou a volta deles ao país em vôos pagos pelo governo americano.

Crivella encerrou sua participação falando de um de seus mais emblemáticos projetos: o Cimento Social. Emocionado, discorreu sobre o episódio em que soldados do Exército que fiscalizavam a obra entregaram três jovens moradores do morro a traficantes de outra comunidade, de facção rival à da Providência, e os três acabaram mortos.

A repercussão do caso fez a Justiça Eleitoral determinar a interrupção das obras de construção de casas populares no morro. Disposto a lutar pela volta dos investimentos do governo no projeto Cimento Social, Crivella resolveu reiniciar as obras com recursos próprios, advindos da venda de seus CDs e de direitos autorais sobre a execução de suas canções.

Como gesto simbólico dessa luta, construiu três casas na Providência, em apenas três dias, ao custo de R$ 50 mil cada, já mobiliadas, e doou às famílias dos três jovens assassinados pelos traficantes. Agora, clama ao Ministério das Cidades que retome os investimentos, já que provou ser possível entregar moradias dignas a quem necessita de um lar.

A vereadora Edilene também quer investir em casas populares na cidade. Com apoio de Crivella, pretende levar para Laje do Muriaé o programa “Minha Casa, Minha Vida”, do governo federal. A parceria entre Crivella e Edilene vai além: o senador está viabilizando o projeto do Centro de Assistência Socio-Ambiental (Casa), uma Organização Não-Governamental (ONG) com três pontas: o centro de reabilitação de dependentes químicos Abraça-me Forte, a reserva ambiental da Serra do Itu e o núcleo profissionalizante Recomeçar de Novo, que será em Laje do Muriaé e atenderá os demais municípios do Noroeste Fluminense (Itaperuna, Porciúncula, Varre-Sai, Natividade, Bom Jesus do Itabapoana, Miracema, São José de Ubá, Cambuci, Italva, Cardoso Moreira, Santo Antônio de Pádua, Aperibé e Itaocara).