Lideranças políticas, comunitárias e religiosas; diretores de escola de samba; representantes da imprensa, de sindicatos e organizações populares se reuniram, na manhã deste sábado (26), para debater o Rio de Janeiro com o senador Marcelo Crivella, na Ilha do Governador.
O evento foi marcado pelas reivindicações dos moradores em relação à gestão municipal, ao péssimo estado da educação no bairro, a deficiência na mobilidade urbana, “a ganância dos empresários de ônibus”, a falta de funcionalidade da ponte do BRT da Ilha e o descaso com as barcas que atendem à região.
O Sr. Martins, presidente da Federação das Associações de Moradores da Ilha do Governador (Famig), ressaltou a postura ética do senador. “Crivella é um político ficha limpa que muito nos honra. A Ilha é composta por 300 mil habitantes, representa um município, e todos somos seus eleitores. O senhor será o prefeito da Ilha”, afirmou.
Crivella prestou contas do mandato de senador, apresentou um panorama econômico do Rio e abordou o cenário político estadual e nacional. “Apresentei e o Senado Federal aprovou uma Resolução importantíssima para o Brasil e, sobretudo, para o Rio de janeiro: a medida permite que os governadores e prefeitos possam tomar empréstimos como antecipação de receitas futuras sem se sujeitar aos limites de endividamento. Essa crise que vivemos hoje, iminentemente política, quebrou o Rio de Janeiro. Dessa forma, com essa resolução, os royalties do petróleo e participações especiais, um dos recursos que gera mais receita no estado e nos municípios, poderão ser adiantados e depois pagos por longo período. A lei atual não permite que um gestor, prefeito ou governador, contraia empréstimo e não pague até o ultimo dia do mandato, mas com essa medida, tendo em vista o nosso caso grave, eles podem contratar em 50 anos. Com isso, conseguimos via Caixa Econômica, no banco americano Chase, o montante de R$ 2,5 bilhões, que será liberado até o fim do ano.
O senador alertou também sobre a importância da alternância de poder. “Eu tenho para mim que não é bom um partido se manter tantos anos no poder. Parece até que não temos outras forças políticas no estado ou que as outras forças não têm competência para mostrar um outro caminho. Na democracia é preciso ter alternância. Democracia sem alternância é uma forma de tirania. E essa alternância é indicada nas pesquisas. A Revista Veja publicou que estamos em primeiro lugar. É um chamado do povo e nenhum homem público com o mínimo de responsabilidade pode se eximir. Quando um grupo político se perpetua no poder, suas ambições e maus hábitos prevalecem e se proliferaram e isso tem consequências”, destacou.
Participaram do evento a vereadora Tania Bastos; a deputada estadual Tia Ju; o Sr. Gutemberg, fundador da Famig; D. Adaléa Benedita, liderança da Comunidade Praia da Rosa; Tia Benedita, presidente da Ala das Baianas da Escola de Samba União da Ilha; Edson Honorato, diretor de Harmonia da Acadêmicos do Dendê; Olga Barreto, coordenadora da Escolinha de Futebol da Ilha; Nilson Ramos, relações públicas do Sindicato das Escolas Particulares do Rio; José Richards, fundador do Jornal Ilha Notícias; além de diversas lideranças locais.