Menos de um mês para o fim de 2011, o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) ressaltou em Plenário, nesta sexta-feira (9), a contínua revisão das previsões de inflação e crescimento econômico pelo governo para este ano. Conforme observou, a meta inflacionária de 6,5% traçada para 2011 só deverá se confirmar se o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro não ultrapassar 0,5%.

– Os indicadores econômicos do Brasil são favoráveis quando comparados com os europeus e americanos. Entretanto, os resultados da economia no terceiro semestre de 2011 mostram inflexões importantes nos indicadores. Em 2010, a economia cresceu 7,5% e a inflação alcançou a taxa de 5,91%. Para 2011, espera-se um crescimento bem menor do PIB (3%) e inflação maior (6,4%) – comentou Crivella.

Na tentativa de se antecipar a uma eventual recessão, provocada pela política monetária e agravada pela crise econômica internacional, o Banco Central optou por adotar, lembrou o senador, uma redução gradual na taxa básica de juros (Selic) a partir de agosto. Esse indicador acabou sendo fixado em 11% ao ano na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

Bancos

Mas o que mais preocupa Crivella neste momento econômico é o comportamento dos bancos. Apesar da queda da taxa Selic, os juros das operações de crédito subiram em novembro. A crise internacional é a justificativa usada para a medida, conforme assinalou.

– No cheque especial, a taxa passou de 8,21% para 8,41% ao mês. Para empresas, os juros subiram de 3,89% para 3,98%. Sem falar nos juros do cartão de crédito, cada vez mais usado no Brasil como meio de pagamento – informou.

Como a dívida líquida do Brasil está sob controle, Crivella acredita ser a ocasião de o governo retomar um novo ciclo de investimento capaz de impulsionar o crescimento econômico. Na sua opinião, é preciso criar novos canais de financiamento e elaborar um novo plano de desenvolvimento.

Da Redação / Agência Senado