O SR. MARCELO CRIVELLA (Bloco/PRB – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, telespectadores da TV Senado, senhores visitantes, senhores ouvintes da Rádio Senado, em nome do PRB, do Partido Republicano Brasileiro, e por honrosa delegação do Vice-Presidente da República, José Alencar Gomes da Silva, ocupo esta tribuna, Sr. Presidente, para saudar V. Exª num dos momentos de maior alegria, quando V. Exª assume a cadeira depois de uma crise, de um momento difícil.
O Senado sangrou, houve momentos de perplexidade, fomos capa de todos os jornais em todas as capitais do País, praticamente em todas as cidades.
Agora, o desafio é grande, Sr. Presidente. É enorme. V. Exª tem nas mãos a oportunidade – e, se assim fizer, poderá disputar com legitimidade sua reeleição, porque toda a Nação brasileira aguarda por isto –, o pressuposto para implementar mudanças efetivas.
A nossa burocracia é imensa, o que já foi dito aqui por Gerson Camata. Nossos projetos demoram a ser aprovados. Existe aqui, Sr. Presidente, muitas comissões e subcomissões que acabam fazendo de nós Senadores faltosos. Ainda que estejamos o tempo todo correndo de um lado para o outro, não conseguimos estar presentes em todas as comissões ou acompanhar todos os projetos. Isso ocorre, Sr. Presidente, porque precisamos reformar nosso Regimento Interno; precisamos mesmo nos reunir mais, debater as questões. Outra coisa, Sr. Presidente: é necessário que o Governo Federal entenda que não é possível sermos a Casa das medidas provisórias; precisamos ser a Casa da nossa legislação.
Lembro-me, Senador Pedro Simon – a quem presto minhas homenagens –, de que V. Exª tinha, sim, e tem, todo os méritos para ocupar a cadeira não só deste Senado, mas de qualquer Senado democrático do mundo: biografia impecável, seu discurso é veemente e verdadeiro.
O povo brasileiro o aplaude. No entanto, Sr. Senador Pedro Simon, V. Exª sabe que cabe ao partido – é tradição –, ao principal partido a indicação; o maior partido indica o Presidente. V. Exª bem disse das dificuldades que existem no seu partido. Porém, não o diminui em nada o fato de não ser Presidente. Talvez – queira Deus esteja eu certo – V. Exª, aí, dessa cadeira, seja sempre não uma árvore de Natal, que ilumina a si mesmo, mas um farol, que lança um facho de luz na noite escura sobre as ondas bravias do mar. E esse farol, com certeza, haverá de iluminar nosso Presidente, que, com humildade, no seu discurso de posse, disse que, se por acaso, nas armadilhas da vida, nas tentações – que todos temos, até Cristo no deserto –, houvesse necessidade, gostaria de contar com a palavra sincera e amiga de alguém mais experiente como V. Exª.
Sai fortalecido o Senado Federal, sai fortalecida a Nação brasileira, e o PRB vem festejar isso aqui; vem festejar nossa divergência, o confronto das idéias, democraticamente; vem festejar, Sr. Presidente, a eleição de um nordestino.
Uma das coisas que me preocupavam, quando Renan pediu demissão, quando se afastou, era termos um representante do Nordeste. De alguma forma, preocupava-me eleger um Senador de outra região, porque acho que o Nordeste não é melhor do que nenhuma outra região, mas não merecia perder um Presidente do Senado, pelas dificuldades que enfrenta por condições geográficas, embora tenha um povo altivo, de caráter sobranceiro e que, na verdade, tem sido um grande arsenal, um grande celeiro de lideranças para este País. O Nordeste ainda vive momentos difíceis no seu desenvolvimento meramente por questões geográficas; eu diria naturais, e não antropológicas. O homem nordestino é valente, é bravo, é culto, é extraordinário, dizem até que pela proximidade com a Europa, primeiro epicentro do mundo civilizado.
Sr. Presidente, preocupava-me que o Nordeste não perdesse o Presidente que tem aqui: homem experiente, Prefeito, Governador, servidor do povo, amigo de todos e que tem essa inflexível determinação de preservar os valores perenes da Pátria e a missão de resgatar nossa imagem.
Sr. Presidente, Deus o abençoe e o ilumine. Receba a saudação e os votos de sucesso do Partido Republicano Brasileiro.
O Senado sangrou, houve momentos de perplexidade, fomos capa de todos os jornais em todas as capitais do País, praticamente em todas as cidades.
Agora, o desafio é grande, Sr. Presidente. É enorme. V. Exª tem nas mãos a oportunidade – e, se assim fizer, poderá disputar com legitimidade sua reeleição, porque toda a Nação brasileira aguarda por isto –, o pressuposto para implementar mudanças efetivas.
A nossa burocracia é imensa, o que já foi dito aqui por Gerson Camata. Nossos projetos demoram a ser aprovados. Existe aqui, Sr. Presidente, muitas comissões e subcomissões que acabam fazendo de nós Senadores faltosos. Ainda que estejamos o tempo todo correndo de um lado para o outro, não conseguimos estar presentes em todas as comissões ou acompanhar todos os projetos. Isso ocorre, Sr. Presidente, porque precisamos reformar nosso Regimento Interno; precisamos mesmo nos reunir mais, debater as questões. Outra coisa, Sr. Presidente: é necessário que o Governo Federal entenda que não é possível sermos a Casa das medidas provisórias; precisamos ser a Casa da nossa legislação.
Lembro-me, Senador Pedro Simon – a quem presto minhas homenagens –, de que V. Exª tinha, sim, e tem, todo os méritos para ocupar a cadeira não só deste Senado, mas de qualquer Senado democrático do mundo: biografia impecável, seu discurso é veemente e verdadeiro.
O povo brasileiro o aplaude. No entanto, Sr. Senador Pedro Simon, V. Exª sabe que cabe ao partido – é tradição –, ao principal partido a indicação; o maior partido indica o Presidente. V. Exª bem disse das dificuldades que existem no seu partido. Porém, não o diminui em nada o fato de não ser Presidente. Talvez – queira Deus esteja eu certo – V. Exª, aí, dessa cadeira, seja sempre não uma árvore de Natal, que ilumina a si mesmo, mas um farol, que lança um facho de luz na noite escura sobre as ondas bravias do mar. E esse farol, com certeza, haverá de iluminar nosso Presidente, que, com humildade, no seu discurso de posse, disse que, se por acaso, nas armadilhas da vida, nas tentações – que todos temos, até Cristo no deserto –, houvesse necessidade, gostaria de contar com a palavra sincera e amiga de alguém mais experiente como V. Exª.
Sai fortalecido o Senado Federal, sai fortalecida a Nação brasileira, e o PRB vem festejar isso aqui; vem festejar nossa divergência, o confronto das idéias, democraticamente; vem festejar, Sr. Presidente, a eleição de um nordestino.
Uma das coisas que me preocupavam, quando Renan pediu demissão, quando se afastou, era termos um representante do Nordeste. De alguma forma, preocupava-me eleger um Senador de outra região, porque acho que o Nordeste não é melhor do que nenhuma outra região, mas não merecia perder um Presidente do Senado, pelas dificuldades que enfrenta por condições geográficas, embora tenha um povo altivo, de caráter sobranceiro e que, na verdade, tem sido um grande arsenal, um grande celeiro de lideranças para este País. O Nordeste ainda vive momentos difíceis no seu desenvolvimento meramente por questões geográficas; eu diria naturais, e não antropológicas. O homem nordestino é valente, é bravo, é culto, é extraordinário, dizem até que pela proximidade com a Europa, primeiro epicentro do mundo civilizado.
Sr. Presidente, preocupava-me que o Nordeste não perdesse o Presidente que tem aqui: homem experiente, Prefeito, Governador, servidor do povo, amigo de todos e que tem essa inflexível determinação de preservar os valores perenes da Pátria e a missão de resgatar nossa imagem.
Sr. Presidente, Deus o abençoe e o ilumine. Receba a saudação e os votos de sucesso do Partido Republicano Brasileiro.