O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) anunciou em Plenário, nesta sexta-feira (23), que o governo vai liberar mais de R$ 400 milhões para obras em comunidades carentes da capital fluminense. Ele disse que recebeu a confirmação por meio da ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Esclareceu que os recursos são do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e informou ter atuado para que as obras fizessem parte desse programa.
A Mangueira receberá R$ 153,3 milhões para a implantação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). O Complexo da Tijuca terá investimentos de R$ 105,4 milhões. Já o Morro da Providência, considerada a primeira favela do Brasil, terá R$ 88 milhões. A Comunidade do Chapadão, em Costa Barros, vai dispor de R$ 64, 5 milhões. Jardim Batan, em Realengo, R$ 14,8 milhões. São diferentes serviços para cada comunidade, entre os quais obras de saneamento, melhorias habitacionais, creches e postos de saúde.
– São comunidades que já vinham há muito tempo esperando para receber essas obras – comemorou.
Ao fazer o anúncio, o senador aproveitou para reconstituir o início da formação das favelas cariocas. Contou que, sem garantia de trabalho e moradia, negros alforriados depois de lutarem na Guerra do Paraguai foram autorizados a ocupar o Morro da Providência. O local foi também o destino de soldados que participaram da campanha contra o beato Antonio Conselheiro, no sertão da Bahia.
Para o senador, por muito tempo o país ficou sem líderes políticos que se empenhassem pela divisão da riqueza entre todos os brasileiros. Por isso, conforme assinalou, até hoje se convive com a “tragédia das favelas”, com famílias vivendo em barracos apertados ainda sem esgoto e abastecimento de água, sob o risco das intempéries climáticas. Para o senador, é uma “indignidade” na sétima maior economia do mundo.
– As favelas brasileiras são um monumento hediondo, mas não perpétuo da desigualdade entre brasileiros – afirmou.
O senador considera que tem havidos avanços desde o governo do ex-presidente Lula. Porém, em relação ao PAC, observou que as obras precisam de maior agilidade.
Da Redação / Agência Senado
Da Redação / Agência Senado