O senador reeleito Marcelo Crivella (PRB-RJ) recebeu um convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para acompanhá-lo em sua última viagem ao continente africano como chefe de estado. Eles desembarcaram juntos na noite de segunda-feira, em Maputo, capital de Moçambique.
O ponto alto da visita será na quarta-feira pela manhã, quando Lula e Crivella visitam a futura fábrica de medicamentos antirretrovirais construída com apoio do Brasil. Um projeto que nasceu há sete anos, quando da primeira visita de Lula ao país. O presidente brasileiro irá ao local onde ela será instalada – um galpão de 2 mil metros quadrados ao lado de uma fábrica de soros do governo moçambicano, na cidade da Matola, vizinha a Maputo.
Crivella foi fundamental para o Congresso Nacional brasileiro aprovar a liberação de R$ 13,6 milhões para a compra de equipamentos e transferência de tecnologia ao país africano, e um gasto adicional de 600 mil com um estudo de viabilidade econômica. Ele foi o relator do projeto no Senado e defendeu com vigor sua posição em plenário.
O Brasil também irá doar 21 dossiês de medicamentos a serem produzidos em Moçambique, sem a necessidade de pagamento de direitos ou royalties. Cada documento, no mercado, poderia custar entre U$ 30 e 80 mil.
Moçambique está entre os dez países mais atingidos pelo vírus da aids no mundo, com índice de prevalência de 15% entre os adultos. Ao todo, o país tem cerca de 1,7 milhão de infectados em uma população de cerca de 22 milhões de habitantes.
Nesta terça pela manhã, Lula deu uma aula na Universidade Pedagógica de Moçambique, que se torna a primeira instituição estrangeira a fazer parte da Universidade Aberta do Brasil (UAB), que capacita professores por meio do ensino a distância. À tarde, o presidente recebeu um grupo de empresários brasileiros e moçambicanos para um encontro no Hotel Serena Polana.