O SR. MARCELO CRIVELLA (Bloco/PRB – RJ. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, quero saudar o Senador Inácio Arruda, grande Líder do PCdoB nesta Casa; o Sr. Renato Rabelo, Presidente do Partido; e o meu querido amigo Deputado Aldo Rebelo, de tantas jornadas, de tantas lutas, de tantas conversas. É um prazer enorme vê-lo aqui. Parabéns pelos 85 anos do seu Partido. Cumprimento também todos os presentes. Um especial abraço a Netinho. É um prazer enorme vê-lo aqui, Netinho. 
Eu não poderia deixar de saudar, em nome do PRB, o Partido Comunista do Brasil. Alguns dirão: “Mas o senhor é cristão, o senhor é um homem da Bíblia, o senhor é um homem do Evangelho”, mas não há cartilha alguma mais comunista do que o Evangelho. 
Neste Brasil tão concentrado, o alumínio, seja de uma latinha de Coca-Cola, seja da carroceria de um caminhão, pertence a duas empresas; todo o papel do nosso País, seja o do meu discurso, que não vou ler, seja o de um jornal, de uma revista, de uma embalagem, de uma cartolina, do que for, pertence a empresas como Aracruz, Suzano. Se formos falar aqui de telecomunicações, de meios de comunicação de massa, se formos falar em mineração, em propriedades rurais, perceberemos, Sr. Presidente, o trabalho histórico e monumental que o PCdoB tem a realizar nesta Nação. 
Traz este Partido, na militância e no coração de cada um de seus membros, o dividir, o repartir, o combate às desigualdades e a luta por um Brasil mais justo. 
Agora, Sr. Presidente, estamos no advento do etanol e não queremos que essa grande riqueza brasileira já do século XVI, a cana-de-açúcar, traga de volta o latifúndio, os coronéis e escravize mais uma vez os bóias-frias, dando a eles o trabalho e não o acesso à riqueza. 
Sr. Presidente, V. Exª generosamente me concedeu três minutos, e eu não quero estender-me mais do que esse prazo. Mas trago aqui uma saudação de quem, no confronto das idéias, admira a militância deste Partido, guerreiro, verdadeiro, que luta por suas causas com tanta dignidade, cujos líderes, sempre na minoria, jamais deixaram de ter suas bandeiras erguidas e o respeito do povo brasileiro. 
Parabéns ao Partido Comunista do Brasil! 
Muito obrigado, Sr. Presidente. (Palmas.)