Depois de mais de cinco horas de discussão, o Senado aprovou nesta quarta-feira (13/4), por 44 votos a 17, o Projeto de Lei de Conversão (PLV) 7/2011, que autoriza financiamento de até R$ 20 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o Trem de Alta Velocidade (TAV), mais conhecido como trem-bala. O trem vai ligar as cidades de Campinas e Rio de Janeiro, passando por São Paulo, num percurso total de 511 quilômetros.
Enquanto senadores da base do governo defenderam a proposta, oposicionistas criticaram a iniciativa, alegando não ser prioritária. Um dos mais entusiastas apoiadores do PLV foi Marcelo Crivella (PRB-RJ). Ele reconheceu a necessidade de priorizar outros investimentos como saneamento, escolas, hospitais e infra-estrutura de carga, mas defendeu a diversificação dos investimentos e o direcionamento dos recursos necessários para o trem-bala. Segundo Crivella, investir no trem, que será uma forma segura e menos poluente de transporte, vai evitar os prejuízos causados por acidentes nas rodovias, como a Via Dutra, que liga São Paulo e Rio de Janeiro.
Para Crivella, o trem-bala vai impulsionar e oxigenar o desenvolvimento do país. Ele recordou que a viabilidade do empreendimento é estudada no Brasil desde o início dos anos 1990 e que os melhores técnicos do BNDES e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) já analisaram pormenorizadamente a qualidade técnica do projeto. Ele assinalou que as mesmas críticas que o TAV recebe atualmente foram feitas à construção de Brasília, da rodovia Belém-Brasília e do Maracanã.
– É rentável, é viável, e será um sucesso sem precedentes. O progresso do Brasil requer de nós coragem; vamos pensar essa nação e construir o Brasil de nossos sonhos! – disse Crivella.
Após a apresentação da relatora, Marta Suplicy, falaram contra a MP os senadores Aloysio Nunes, Randolfe Rodrigues, Alvaro Dias Demóstenes Torres e Itamar Franco.