Os moradores das sete ilhas da Barra da Tijuca (Gigóia, Primeira, Fantasia, Garça, Ipê, São Jorge e Pesquisa) contam, além das belezas naturais, com a Comlurb a postos para garantir a limpeza local. A coleta domiciliar é feita de segunda a sexta-feira. Já a retirada de entulho, bens inservíveis e de galhadas, como também as toneladas de gigogas (planta aquática), é realizada às terças e quintas-feiras. Para a realização do serviço, que acontece das 7h às 13h, a companhia dispõe de uma equipe de 18 garis e três embarcações – dois catamarãs e uma lancha -, além do apoio terceirizado de um ecoboat (barco ecológico). Diariamente, são recolhidas cerca de oito toneladas de lixo nas ilhas. Por mês, esse número pode chegar a 180 toneladas.

– Vejo o nosso trabalho como um grande mutirão, no qual exercemos tarefas diversas. A mesma equipe que faz a puxada também é responsável pela ceifagem. Os outros garis atuam dentro das ilhas, levando o material recolhido nas casas para o deque. Mas é um trabalho bacana. Anos atrás, os moradores depositavam o lixo em buracos e ateavam fogo. Hoje contam com a coleta que fazemos – disse o encarregado Sérgio Ferreira Lima, que atua companhia há 27 anos, 22 deles na equipe de limpeza das ilhas.

Além dos garis em terra e do apoio do ecoboat, cada embarcação transporta dois profissionais. A chegada dos barcos às ilhas é sempre vista com muita alegria pelos moradores, que fazem questão de respeitar o horário da coleta ao deixar os sacos de lixo nas portas de suas casas. Morador da Ilha da Gigóia há cerca de dez anos, Carlos Alberto Pereira, de 61 anos, faz questão de enaltecer o trabalho dos garis:

– São pessoas excelentes. Desde que vim para cá, só posso dizer que nunca vi nada igual ao que eles fazem nas ilhas. Atuam com amor e boa vontade e nunca faltam ao trabalho. Por isso, o serviço funciona.

Na mesma ilha, há mais de 50 anos, Etienete Ana de França Tavares, de 65 anos, viu o local se transformar ao longo do tempo. As residências se multiplicaram e as ruas, que antes eram de terra, foram cimentadas. Segundo ela, nenhuma dessas mudanças se compara à transformação que a Comlurb realizou no local com o seu serviço de coleta. O que ela lamenta é a falta de cuidado de alguns moradores:

– A Comlurb trabalha muito bem. Deixam sempre as ruas muito limpas. Só tenho elogios para o que eles fazem. O problema é que falta consciência por parte de quem vive aqui. A companhia deixa tudo lindo, mas o povo é que faz a bagunça. Espero que essas pessoas se conscientizem de que vivemos em um lugar bonito que merece ser bem tratado.

O serviço de coleta domiciliar é realizado há 22 anos nas ilhas da Barra, porta a porta, sendo responsabilidade do morador colocar o lixo em sua porta apenas nos dias e horários estabelecidos. A prefeitura recomenda aos moradores para que não joguem lixo no chão e que, caso possuam animais, recolham seus dejetos das ruas, uma vez que essa atitude para a manutenção da limpeza local. Além da coleta, as vias recebem serviços de varrição.

Desconhecidas de muitos cariocas, por estarem escondidas dos grandes prédios, as ilhas da Barra da Tijuca contrastam com a agitação do restante do bairro. O acesso é feito por barcos e pequenas balsas.

fonte: www.prefeitura.rio