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Em busca de recursos para o Rio
O Rio precisa crescer, gerar empregos e oferecer oportunidades de uma vida melhor a seus moradores. A nossa cidade tem um imenso campo para investidores dispostos a formar parcerias em iniciativas que nos levarão a um novo patamar de desenvolvimento e prosperidade. Cabe ao gestor responsável e comprometido com o bem-estar da população buscar as fontes de recursos capazes de transformar esses projetos em ações.
No Brasil, infelizmente, a crise econômica e política dos últimos anos teve efeito devastador na saúde financeira de grandes empresas nacionais. O escândalo da Operação Lava-Jato tornou ainda mais dramática a situação de tradicionais motores do ramo da construção, que exibiam fôlego para romper fronteiras e marcar presença até em outros países. As fontes de financiamento secaram, novos contratos se tornaram inviáveis e dezenas de milhares de funcionários perderam empregos. Acordos de leniência e de recuperação judicial foram soluções encontradas por essas empresas, em uma jornada de reestruturação ainda em curso.
Com tantos entraves, é preciso olhar para além das nossas fronteiras. Nesse cenário, a China surge como o parceiro promissor. Por isso, viajo àquele país.
Maior parceiro econômico do Brasil e principal destino de nossas exportações, a China tem um projeto ambicioso de se firmar como o grande investidor do planeta, dinamizando o comércio mundial em uma nova “Rota da Seda”, como seus dirigentes já divulgaram.
Estudo do Ministério do Planejamento mostra que, de 2003 a 2017, foram 235 projetos de investimentos chineses anunciados no Brasil, recursos que ultrapassaram US$ 100 bi. No caso do Rio, a imprensa divulgou recentemente que os chineses planejam investir R$ 32 bi em nosso estado nos próximos anos.
O Rio já é sede ou tem escritórios de importantes instituições chinesas que atuam nos setores de petróleo, gás, transmissão de energia, fretamento de equipamentos offshore e dragagem pluvial e portuária, só para citar algumas áreas de interesse. Já estão na cidade o Escritório de Representação da China Development Bank Corporation (sua primeira filial na América Latina), a State Grid Brazil Holding S.A. (SGBH) entre outras.
O contato direto com autoridades chinesas é fundamental para que seja passada a credibilidade que só o chefe do executivo municipal pode oferecer. É a demonstração cabal do nosso empenho e interesse em estreitar ainda mais relações.
Assim, vou apresentar aos investidores chineses iniciativas como o projeto de parceria público-privada que está sendo elaborado pelo Banco Mundial e prevê a modernização do sistema de iluminação pública da Cidade. Os 430 mil pontos de luz ganharão lâmpadas modernas e potentes, com pontos de Wi-Fi e milhares de câmeras, que trarão mais sensação de segurança e reduzirão o consumo, com condições de transformar a cidade em uma smart city.
Projetos no modelo de Operação Urbana Consorciada (OUC) também serão apresentados aos possíveis parceiros chineses. A ideia é unir infraestrutura, mobilidade, urbanização e sustentabilidade, transformando a Barra da Tijuca e fazendo das Vargens um grande bairro.
Todas essas propostas foram pensadas, detalhadas e amadurecidas com uma preocupação: melhorar a vida dos que aqui vivem, trabalham e criam suas famílias. É imperativo agir com criatividade, ousadia e responsabilidade na busca por meios que as tornam realidade.
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