O SR. MARCELO CRIVELLA (Bloco/PRB – RJ. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, senhores telespectadores da TV Senado, senhores ouvintes da Rádio Senado, senhoras e senhores que abrilhantam esta sessão, jornalistas.
Sr. Presidente, hoje temos uma sessão histórica. Dois candidatos com passados e futuros extraordinários. O Presidente Sarney tem prestado a este País relevantes serviços e nos momentos mais difíceis da transição e da construção democrática da política brasileira. É bem verdade, Sr. Presidente, que tudo que na sua biografia ele carrega, enobrece e dignifica a política e o povo brasileiro. Não faria aqui, Sr. Presidente, nenhum discurso que entrasse em dissonância com aquilo que a minha consciência e o meu coração reputam desse homem público.
É bem verdade que no tumulto dos ódios e paixões da vida pública há muitas controvérsias, e não são poucos os que são vítimas delas.
Sr. Presidente, Presidente Sarney, Líder Renan Calheiros e também ao Senador por quem tenho extraordinário respeito e apreço, Senador Edison Lobão, companheiro de muitas lidas, o Presidente Sarney, várias vezes, nos disse que não seria candidato.
Se o tivesse feito antes, certamente, Presidente Sarney, o meu Partido teria uma posição diferente. Mas, ao longo do processo, em visita ao nosso Líder maior José Alencar Gomes da Silva, que hoje convalesce na sua luta contra o câncer, ontem, saindo da CTI e indo para o quarto particular, notícia auspiciosa que nos traz muita alegria, hoje, pela manhã, Presidente Sarney, recebi dele uma ligação me pedindo que lhe expressasse toda a admiração, todo o respeito, todo o carinho, mas do compromisso que o nosso Partido havia assumido com a candidatura do Senador Tião Viana. Pelo respeito que tenho a V. Exª e pelo respeito que tenho ao Senador Lobão, não poderia jamais deixar de vir aqui extravasar, por um lado, o meu respeito e admiração e, por outro, um compromisso assumido do qual só poderíamos recuar com desonra.
Senador Tião Viana, sobre V. Exª e sobre os seus ombros, está agora uma responsabilidade extraordinária de conduzir o nosso Senado a uma alternância e a uma renovação, porém, sempre comparado ao que poderia ter sido um Senado comandado por um ex-Presidente da República com extraordinária capacidade de articulação e com extraordinária experiência de que poucos aqui, tiradas as paixões, poderiam estar à altura.
Espero que V. Exª consiga a vitória. É um desejo meu, é um desejo do PRB, sobretudo do vice-Presidente José Alencar Gomes da Silva que, se convalescendo, depois de cinco dias numa CTI, não deixou de expressar seu sentimento e pedir que eu vocalizasse isso à Nação desta tribuna.
Sr. Presidente, é assim que votará o PRB, com todo o respeito aos candidatos e pedindo a Deus que, no ensolarado porvir nesses horizontes infinitos da esperança do nosso País, seja lá quem for o Presidente do Senado Federal, possamos construir um País mais justo, mais digno, para que ninguém nesta Pátria sinta vergonha de ser brasileiro.
Muito obrigado, Sr. Presidente.