Os programas sociais têm permitido que os brasileiros afligidos pela seca no Semiárido a enfrentem com cidadania. A afirmação foi feita por Naidison Baptista, coordenador da organização não-governamental Articulação do Semi-Árido (Asa Brasil), na tarde desta segunda-feira (18).

A região Nordeste enfrenta em 2012 a pior seca dos últimos 30 anos. “O Bolsa Família e o programa de construção de cisternas garantem alimentação às famílias e evita que elas se dirijam às filas de distribuição de alimentos”, disse Baptista, durante o painel “Água: cidadania para comer e beber”, na Arena Socioambiental – evento paralelo de participação da sociedade civil durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.

O coordenador da Asa Brasil destacou ainda que estas políticas devem ser prioritários no governo. Segundo ele, desde 2003, mais de 400 mil cisternas foram construídas, beneficiando dois milhões de famílias. As cisternas são tanques de armazenamento de água da chuva com capacidade de 16 mil litros para o consumo humano. “A seca não se combate, a gente tem que aprender a conviver com essa dimensão da natureza”, salientou.

O engenheiro agrônomo da ActionAid Internacional, Celso Marcatto, anunciou que a organização tem interesse em levar a tecnologia social das cisternas aos países em que atua. “Estamos presentes em mais de 50 nações. Sabemos que água é poder. E ela não pode ficar concentrada nas mãos de poucas pessoas”.

Também participante do painel, o ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella, destacou que o país produz um milhão de toneladas de pescado por ano. “O destino do Brasil é ser um dos maiores produtores do mundo”, destacou, indicando que o pescado pode contribuir com o Plano Brasil Sem Miséria para superar a extrema pobreza.

Fonte:
http://arenasocioambiental.org/?p=1690
André Carvalho
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