Brasília, 1º de setembro de 2010
Senhores reitores, diretores e presidentes de Conselhos de Educação Física. Estimadas amigas e amigos Estudantes e profissionais de educação física.
É com imensa alegria que transmito aos caríssimos amigos os meus cumprimentos com os melhores votos de felicitações pelo transcurso, hoje, do dia do profissional de educação física e pelos 11 anos de criação do Conselho Regional de Educação Física do Rio de Janeiro.
Tive a grata felicidade de servir à Pátria nas fileiras do exército brasileiro. Foi lá que pude usufruir, com maior vigor, dos benefícios da educação física, tanto para a minha formação física quanto social e emocional. A prática de exercícios físicos faz bem e é imprescindível para se ter uma vida saudável, mas quando não há a devida orientação de um profissional habilitado, ela pode causar sérios danos à saúde. Por isso, tenho o maior apreço pelo profissional de educação física.
Trata-se de uma profissão nova, em termos legais. Há apenas 12 anos foi reconhecida a profissão de educação física, fruto de uma luta árdua, que se estabeleceu como uma espécie de competição perversa e desfavorável aos interesses da classe. Mas a vitória aconteceu naquele 1º de setembro de 1998, quando foi sancionada a Lei que regulamenta a profissão do profissional de educação física no País.
A regulação da educação física não representa apenas o resguardo de direitos dos profissionais graduados. Também impõe deveres e, sobretudo, assegura os valores que justificam e legitimam as preferências dessa belíssima profissão. O profissional de educação física valoriza, eticamente, a cooperação, a tolerância, a responsabilidade social e a solidariedade; mas, pela amizade e conhecimento do trabalho que desenvolvem, permito-me a incluir outros valores que são peculiares a vocês, tais como o valor à saúde e porque não dizer da estética.
Como Senador, sinto-me imensamente feliz por ter contribuindo com a emenda que retirou o art. 90-E do projeto de lei que altera a Lei Pelé. Esse dispositivo, como todos sabem, criava a figura do monitor de esportes, o que representava um verdadeiro acinte aos profissionais de educação física de todo o País. Essa infundada tentativa de atingir o âmago da Lei da educação física não prosperou no Senado da República. O governo tinha todo interesse em aprovar a matéria na forma como foi votada na Câmara. Por isso, tivemos que travar intensa negociação com os ministros da Casa Civil, Alexandre Padilha, e do Esporte, Orlando Silva, e com as lideranças políticas do Senado, até para garantir que se ele for aprovado na Câmara, tenhamos a garantia do veto presidencial ao malfadado dispositivo.
Quero, finalmente, saudar a todos na pessoa do Professor Ernani, que foi um batalhador persistente na luta contra esse projeto, a quem agradeço sinceramente pela confiança em mim depositada. Vocês são o maior exemplo de que a luta antecede as conquistas. As pessoas, que fazem exercícios físicos ou que praticam esportes, com a orientação de um profissional como vocês, suam para perder peso, para alcançar vitórias esportivas, para ter um corpo esteticamente satisfatório e para ter uma vida mais saudável. É isso que dá sentido à vitória.
Contem sempre comigo, pela valorização do profissional de educação física.
Senador Marcelo Crivella