O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) defende a gorjeta de 20% como forma de compensar o desgaste dos garçons.
Na quinta-feira, ele concedeu entrevista a Zero Hora (ZH) por telefone, de Brasília:
ZH – Como senhor vê a polêmica em torno da sua proposta?
Marcelo Crivella – A lei tem três pontos importantes: o garçom vai ter de receber a gorjeta na semana em que foi dada. Hoje, o garçom nunca sabe quando vai receber. Outra coisa: o patrão que não repassar vai cometer crime. No caso do garçom que trabalha três vezes por semana no mesmo lugar, isso vai caracterizar vínculo empregatício. Os trabalhadores noturnos merecem: eles enfrentam o frio, a falta de transporte, a insegurança.
ZH – E quem só pagar os 10%?
Marcelo Crivella – Não tem problema, a gorjeta é uma contribuição espontânea. Claro, é um constrangimento branco, humanitário. É uma lembrança do trabalhador que está ali.
ZH – Os proprietários reclamam do efeito cascata com encargos.
Marcelo Crivella – A gorjeta faz parte do salário. O acréscimo noturno é irrisório.